17/05/2007

Apresentação da candidatura CDU

Intervenção de José Luís Ferreira:


Boa tarde
Antes de mais e em nome da Direcção do Partido Ecologista "Os Verdes" permitam-me que vos saúde a todos. Uma saudação que abraça naturalmente todos os cidadãos independentes e as organizações que connosco integram a Coligação Democrática Unitária, a Intervenção Democrática e o Partido Comunista Português.
Uma saudação também especial a todos os lisboetas, até porque hoje podemos suspirar de alívio, afinal o pesadelo parece ter chegado ao fim, ou pelo menos, temos agora a oportunidade de o afastar definitivamente.
Caros amigos,
"Os Verdes", conscientes que agir em convergência fortalece a intervenção permitindo unir esforços para prosseguir objectivos comuns, partem para esta batalha eleitoral, integrados neste grande espaço de intervenção que é a CDU e portanto, nela uma vez mais nos cruzamos com o claro propósito e a forte convicção de transformar este desafio eleitoral numa vitória da Cidade de Lisboa e das pessoas que cá vivem e trabalham.
Estamos certos que o trabalho desenvolvido não deixa margem para dúvidas, a CDU é a única força política com condições de apresentar um projecto alternativo para a Câmara de Lisboa, capaz de lhe devolver tudo aquilo que a passagem da direita pelos destinos da cidade, lhe roubou.
Durante os últimos seis, penosos e demorados anos, a CDU esteve sempre ao lado da cidade e dos lisboetas, ora apresentando propostas concretas e soluções para os graves problemas da cidade, ora opondo-se a tudo o que era lesivo para o interesse colectivo.
Não fizemos como fez o Partido Socialista que deu o seu apoio á direita em matérias fundamentais para os destinos da cidade, como foram as alterações ao PDM em regime simplificado, os Orçamentos e Planos de Actividades, já para não falar no negócio que envolveu o Parque Mayer e os terrenos da feira popular, aqui também com o apoio do Bloco de Esquerda, convém recordar.
Durante os últimos seis anos a CDU procurou de forma coerente e combativa contrariar as políticas que levaram ao estado a que Lisboa actualmente se encontra. Um verdadeiro caos.
Um retrato da passagem da direita pelos destinos da cidade podia facilmente ser confundido com um verdadeiro filme, mas a ser um filme, nunca poderia, infelizmente chamar-se, "em defesa do interesse público", e qualquer semelhança com a realidade, não seria, infelizmente, mera coincidência.
Seria um filme com todos os ingredientes que um verdadeiro filme exige, meteu casos, episódios recambolescos, irregularidades, processo judiciais, buscas e arguidos, nomeações ilegais, negócios de duvidosa legalidade, atraso nas transferências de verbas, incumprimento de protocolos, e dívidas, muitas dívidas. Reinou o caos e instalou-se a dúvida.
Tinha tudo, apenas faltaram projectos, ideias e soluções para Lisboa, porque quando faltaram maiorias o Partido Socialista resolvia.
Seis anos marcados pelos grandes buracos que a direita deixou para o futuro.
Desde logo o buraco financeiro, com a autarquia de Lisboa a dever mais do que catorze autarquias juntas.
Um buraco no relacionamento com as Juntas de Freguesia e com as colectividades da cidade.
Um buraco no respeito pela Assembleia Municipal e pelas suas decisões com o Executivo a ignorar completamente as muitas Recomendações que esta aprovou até por unanimidade.
Um buraco, enfim, no património Municipal, com o seu constante delapidar a que se assistiu nos últimos anos.
Mas nós estivemos lá para dizer não.
E quando uns disseram "Eu fico" para logo a seguir, sair, nós ficamos.
Enquanto uns abandonaram porque não tinham tempo, nós continuamos.
E enquanto para outros ainda houve o desplante de tentar corromper, a nós, não nos deram a oportunidade de dizer que não. Se calhar porque a nossa honestidade e a forma de encarar os cargos públicos, não permitiu tal abuso.
Somos diferentes também na forma como olhamos para Lisboa. E as diferenças de olhar para Lisboa, são já perceptíveis, com uns desesperadamente á procura de candidato, não com a preocupação de resolver os problemas da Cidade, mas para sacudirem a pressão perante uma situação que apenas eles criaram e outros que continuam a ver Lisboa como uma forma de acautelar sucessões partidárias ou para encobrir indisfarçáveis remodelações governamentais.
No meio de tanta azafama, Lisboa, parece, pouco interessar.
É assim transformada, por alguns, num meio, num instrumento e nunca vista como um fim em si própria.
Alguém tem então de pensar em Lisboa e nos seus problemas. Na organização dos espaços e na devolução aos cidadãos. Nas escolhas urbanísticas, nas opções relativamente aos transportes e à mobilidade, na humanização da cidade e no incentivo à participação e envolvimento dos cidadãos.
O trabalho desenvolvido na autarquia de Lisboa, mostram de forma clara e evidente que é na CDU que estão essas pessoas.
Que olham para Lisboa como um fim e não como um meio.
Pessoas com ideias, projectos e soluções para Lisboa.
Capazes devolver confiança à cidade e de credibiliar o exercício dos cargos públicos. Com forças e vontade de retirar Lisboa do caos reinante que a direita emprestou à cidade de forma nunca vista e até há pouco impensável.
"Os Verdes" partem assim para esta batalha eleitoral com confiança e vontade de ajudar a construir um alternativa para Lisboa e para os Lisboetas.
Viva a Cidade de Lisboa.
Viva a CDU.

Outras intervenções da apresentação da candidatura CDU podem ser lidas aqui.

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