04/05/2007

Rombo entre 30 a 40 milhões

O barco camarário tem andado à deriva, embora se afirme que “tal como o comandante de um navio, não serei eu o primeiro a abandonar o barco, nem permitirei que me atirem pela borda fora. Meus caros concidadãos, eu não estou agarrado ao poder...” 1.
O caso mais paradigmático é o do prejuízo para a CML com o negócio da permuta de terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular, que pode ter oscilado entre os 30 e os 40 milhões de euros. Este é pelo menos o valor que terá sido estimado pelas autoridades, através das peritagens pedidas pela Polícia Judiciária e juntas ao processo que agora se encontra no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP).
Segundo o Correio da Manhã, aquele valor foi obtido antes mesmo de as autoridades avançarem para as buscas na autarquia, já que os dados disponíveis eram verdadeiramente díspares. Havia avaliações de nove milhões, 46 e 60 milhões para uma mesma área, o que não permitia à PJ avaliar se teria ou não havido um prejuízo real.
O porquê de ter permitido um negócio aparentemente ruinoso para a autarquia foi um dos temas abordados durante o interrogatório de Carmona Rodrigues, que ontem demorou mais de cinco horas no DIAP e que levou à sua constituição como arguido, por suspeita da prática dos crimes de prevaricação e participação económica em negócio.
Para além da permuta está também em causa neste processo a venda de outra parte dos terrenos da Feira Popular em hasta pública 2.
Recorda-se que apenas “Os Verdes” e o PCP votaram contra esta permuta, tendo de imediato apresentado queixa nos tribunais competentes logo no início de Agosto de 2005.

1. Ver www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=804610&div_id=291
2. Ver
www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=241080&idselect=9&idCanal=9&p=200

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