10/05/2008

Dia mundial do comércio justo

Hoje comemora-se o Dia Mundial do Comércio Justo.
O que é o Comércio Justo? Trata-se de “uma parceria entre consumidor e produtor. O objectivo é aproximá-los, para que o consumidor saiba o que está a adquirir, tendo em atenção os cuidados ambientais e sociais”.
Desde 3ª fª passada e até ao dia 17 de Maio, Almada vai ser a capital portuguesa do Comércio Justo, assinalando esta efeméride com uma ‘workshop’, a estreia do primeiro documentário feito em português sobre o tema, incluindo debates, visitas a escolas básicas e secundárias do concelho, teatros de sombras, um piquenique solidário, uma gincana justa, entre muitas outras actividades, todas de participação gratuita.
Também a partir de hoje, e até ao fim da ‘Quinzena’, será possível comer “pratos confeccionados produtos de Comércio Justo” em alguns restaurantes do concelho 1.
Hoje foi a vez de na Baixa lisboeta ter sido inaugurada uma loja onde “o acto de consumo quotidiano se transforma num acto político”. Aproximar o consumidor do produtor, para que este saiba o que está a consumir, é um dos princípios básicos do movimento do Comércio Justo. “Vendemos produtos manufacturados de qualidade elevada, que apelam ao consumo responsável. Aqui há garantia de que os produtores não foram explorados, de que foram cumpridas as regras do jogo”.
Na nova loja da Rua da Prata pode encontrar-se produtos de cinco grandes áreas: artesanato, têxtil, produtos alimentares (biológicos), cosméticos e música do mundo, a qual, tal como outras espalhadas pelo país e pelo mundo, não tem fins lucrativos. “A margem de lucro obtida com a venda dos produtos é usada para pagar os custos inerentes à manutenção de uma loja, e para reinvestir no movimento do Comércio Justo, com projectos de apoio a pequenos produtores e acções de esclarecimento em escolas, por exemplo”.
Em Lisboa já tinha existido uma loja de Comércio Justo, a ‘Mercearia do Mundo’, que teve portas abertas entre 2004 e 2007 na Rua de São José, ao cimo do Elevador do Lavra, mas “as condicionantes do mercado fizeram com que a loja não fosse sustentável em termos económicos” 2. Talvez o centro da baixa pombalina possa agora ser uma ‘montra’ mais atractiva.

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